Você já parou pra pensar quanto tempo passamos “falando” com nós mesmos? Como nossos diálogos internos podem impactar nossa motivação e energia? Nos jogar pra cima ou pra baixo? Dar interpretações “boas” ou “ruins” para eventos e resultados que já foram?
Na maior parte do tempo, não temos noção ou não percebemos conscientemente este diálogo interno que ocorre conosco em pensamentos, e muito menos nos debruçamos sobre seu conteúdo. Neste sentido, muitas vezes somos passageiros das nossas emoções e pensamentos ao invés de controlá-los, de enxergá-los de uma maneira clara, que nos permita traçar estratégias de enfrentamento. E nossas decisões e performance derivam disso.
A psicologia do esporte têm evoluído muito para dar conta deste e de outros processos que envolvem atletas de alta performance e demais pessoas que vivem uma realidade competitiva. Existem estratégias para lidar com estes tipos de pensamentos (muitas vezes negativos, que prejudicam a confiança e motivação), e para lidar com outros conflitos inerentes à prática de situações competitivas e profissionais, que envolvem alta pressão e expectativa por resultados.
O que tenho buscado é convergir os conhecimentos da psicologia do esporte de alto rendimento com os da psicologia organizacional e do trabalho, de modo a fazer este intercâmbio importante entre práticas, estratégias e processos que ajudam a lidar com as emoções e atuações. Existe um universo a ser explorado entre esses dois contextos.
Não é tarefa fácil, mas certamente a psicologia tem uma produção de conhecimentos e ferramentas que servem como importantes aliados na busca pelo desempenho de forma consistente, sem perder de vista a saúde emocional e o bem estar dos envolvidos 😉