Em constantes mudanças, o desenvolvimento profissional passou por diversas tentativas e modelos de planos de carreira.
As trilhas de carreira, em muitas #Startups, passaram a oferecer o que chamamos de “plano em Y”, nos quais, dentre outras vantagens, está a de permitir maior flexibilidade de escolha e uma maior consideração dos desejos e aspirações individuais de cada colaborador. Foi um modo estratégico de conciliar os interesses das empresas com os desejos e aptidões particulares nas decisões de desenvolvimento de carreira.
Mitigamos com isso, entre outros, o problema de termos profissionais sem perfil de #liderança mas que, apenas por uma “consequência”, por “tempo de casa”, deveriam ocupar posições de gestão, por vezes, sem que quisesse ou até mesmo demonstrasse aptidão para tal função. O posto de líder era quase que a única forma de reconhecer bons profissionais e fazer com que eles crescessem nas carreiras, garantindo a permanência nas empresas. O que, por vezes, não se mostrava benéfico nem para os problemas da organização, tampouco para satisfazer perfis que preferiam seguir realizando trabalhos técnicos.
Essa nova realidade, como dito, nos ajudou a endereçar algumas dores, mas ainda não deu conta de um problema extremamente importante que permeia a liderança.
Ainda que possamos contar com perfis mais aderentes e com o desejo dos profissionais para ocupar os cargos de liderança, algumas questões permanecem descobertas: Qual suporte estamos oferecendo para essas pessoas? Qual formação sobre gestão de pessoas elas possuem para lidar com o que vão encarar pela frente? Será que o conhecimento prático, o desejo e o potencial já são suficientes para as novas demandas que vão encontrar ao liderar times? De que maneira a falta de preparo e suporte impactam a performance e o engajamento de todos (líderes e equipes)?
De fato, o plano de carreira em Y nos ajudou e trouxe mais clareza sobre perfis de liderança e aptidão para estes cargos. Mas ainda é preciso olhar para a necessidade de desenvolvimento dessas pessoas antes de ocupar novas funções. Sob pena de termos bons potenciais sendo desperdiçados por falta de suporte e/ou sobrecarga ao lidar com questões para as quais não foram preparadxs. É necessário uma mudança de papel e de postura que, por vezes, são implícitas, e geram expectativas não alcançadas pela falta de clareza e alinhamento.
A liderança constitui um grupo estratégico, responsável por guiar e estimular condutas e comportamentos que vão servir como referência e determinar o sucesso ou o fracasso de uma empresa. O desamparo dos líderes acarreta em diversos problemas que impactam a eficiência e a saúde do negócio. Por isso, selecionar, suportar, reconhecer e desenvolver a sua liderança são fundamentais para como e quais resultados quer alcançar!